Estas sujeito as mesmas leis de imigracao dos E.U.A (porque o Hawai'i e um estado americano desde 1959)....
Vai ao consulado ou embaixada mais proxima e pede informacoes.
Tambem podes visitar o site seguinte: www.immigrationdirect.com
Boa sorte.
Tanques bro
Vi na net umas oportunidades na minha área mto interessantes _________________ I changed my executive suit for my wetsuit and my tie for my leash.
A esta hora o shor Hugo e a sua comitiva já vão a caminho, entre uns filmes, uma troca de palavras com as hospedeiras e uns sonos à mistura com sonhos.... ai vão eles.
Só para desejar mais uma vez óptima viagem.
Nota1: que não apanhes muitas corrente, hehehehe
Nota2: se possível pede e tira umas fotos par a malta se babar...
Nota3: ... tu sabes
grande abraço
Registo: Nov 26, 2009 Mensagens: 673 Local/Origem: Setúbal
Colocada: Ter, 26 Jan 2010 - 9:02 Assunto:
helder_PraiaNova escreveu:
A esta hora o shor Hugo e a sua comitiva já vão a caminho, entre uns filmes, uma troca de palavras com as hospedeiras e uns sonos à mistura com sonhos.... ai vão eles.
Só para desejar mais uma vez óptima viagem.
Nota1: que não apanhes muitas corrente, hehehehe
Nota2: se possível pede e tira umas fotos par a malta se babar...
Nota3: ... tu sabes
grande abraço
O mesmo é o que desejo _________________ Trilogy Surfboards / JANGA / D-code / SCS Surf Shop
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Qua, 10 Fev 2010 - 2:30 Assunto:
Depois de umas semanas em que a história pessoal foi enriquecida de uma forma díficil de medir é tempo de pensar em voltar para casa.
Escrevo de um quarto de hotel em Oceanside, terra que aloja o interessantíssimo museu de surf da Califónia. Lá fora, mais uma El Nino tempestade começa a engrossar... espero que alivie para a hora de partida, 17h30locais de amanhã.
Foi uma viagem incrível, enriquecedora tal como referi, a todos os níveis.
Visitei o(s) berço(s) do Surf e acreditem, fiquei ainda mais impressionado com esta forma de vida (ou de estar na vida) que escolhemos. Surf? Surf é por aqui. Desde as raízes, à tecnologia de ponta. Das ondas às estruturas... Surf cities? Por aqui é mato.
Linha de fundo: Everybody Surfs!!!!
Esperam-me muitas horas de avião pela frente, que espero cumprir com sucesso LOLOL, depois e dentro da disponibilidade tentarei fazrum report dia a dia (com as notas e fotos que recolhi).
Thunder fico a espera dos relatos das ondas, tipos de fundo, crowd em cada lugar(harmonioso, agressivo, só traineiras, etc.) Bicharada que encontraste, comida bem como preços da mes, ah! e fotos Se não for pedir de mais lol Boa sorte
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Sex, 12 Fev 2010 - 19:38 Assunto:
25JAN2010
05h00 Acordo de uma noite mal dormida. Na vespéra estivera horas a preparar a mala para a viagem mais desejada da minha vida. T-shirts a rodos, calções e livros para um lado, quilhas, leash e demais papelada para o outro. E a Califa pá??? Deve estar fresco, toca a meter mais um agasalho na mala.
No caminho para o Aeroporto tenho finalmente aquela sensação do agora é que é, não há mais volta a dar. Vou para o Havaí e para a Califónia na companhia de 2 grandes amigos do peito: os manos Leopoldo, figuras incontornáveis do surf nacional em geral e do surf penicheiro em particular.
No aeroporto o brother mais velho, Leo, aguarda-me já à porta ansioso. Abraços para aqui e para acolá e acabamos por levantar rumo a Londres com um atraso de meia hora que se veio a revelar ser de grande importância.
- Nesta coisa de viagens de longo curso a experiência era pouca. Tentámos marcar os aviões com o menor tempo de intervalo possível entre vôos o que na prática se veio a revelar díficil de cumprir, seja pelos eventuais atrasos dos aparelhos, seja pela dificuldade em passar alfandegas, ou quaisquer outro imprevisto... poupa-se em escalas, ganha-se em stress-
Em Londres corremos para o avião que nos levaria até Los Angeles, só para bater com o nariz numa porta já fechada. Fosgasse mais à pontualidade britânica!!!! Já com o receio de pôr em risco muito do plano previsto (carro alugado no havai, alojamento, etc) procurámos alternativa junto da British Airways. Com muita competência dos funcionários e sorte à mistura, lá nos arranjaram vôo para Seattle e daí outro para Honolulu, com chegada de 10 minutos mais cedo do que inicialmente previsto. Allright, Game On!!!
A travessia do Atlântico, rumo à costa Este, faz-se em nada mais nada menos que 9h30. Safa-nos a boa disposição e a pica natural de quem vai para o "paraíso", qual fundamentalista islâmico à espera de ter 70 virgens à espera...
Os manos Leopoldo num momento de boa disposição a bordo
Ora ao fim de 6 horitas de vôo a coisa já começa a piar mais fina. Os ossos doem, a garganta seca, já vimos n filmes e outras tantas músicas e a comida que servem não deveria ser chamada de comida. Já me tinha informado sobre viagens destas e apliquei algumas das coisas que li. Andei a passear pelo avião, confratenizei com passageiros e hospedeiras, vi mais filmes e li ainda mais revistas...
O brother Leo a tripar com a longa viagem, já queria sair em andamento...
Em Seattle correu tudo bem, ou quase. Na fronteira correu tudo bem. Meia dúzia de perguntas e lá estava o carimbo a formalizar a entrada nos EUA. A minha mala é que resolveu não dar sinais de vida - It's in London Sir!! Diz-me um funcionário da British... - Oh Fuck!!! Respondo-lhe eu.
Com a palavra do funcionário em como a mala haveria de chegar no dia seguinte, lá arrancamos para o check-in final, o vôo interno de ligação a Honolulu. No caminho, avistamos algo que nos retira da cabeça quaisquer receios sobre o surf havaiano. Se um elefante consegue, nos também havemos de conseguir.
Publicidade curiosa em Seattle. com uma interessante mensagem de fundo...
Embarcamos numa autêntica casca de noz. O avião faz barulhos esquisitos, os passageiros ainda mais e as hospedeiras já deveriam estar num qualquer museu da Delta Airlines. O cansaço acumulado faz evidenciar todos os defeitos, mas, simultaneamente, deixa-nos num estado de dormência que faz com que o massacre de 6h00 de vôo até Honolulu passem despercebidos.
À chegada, para além dum ruídoso "Já cá estamos" é o impacto do calor e humidade que mais impressiona. Estamos nos trópicos sem dúvida. O brother Bitang desaparece rapidamente para, a tempo, nos arranjar meio de transporte. Fico com o Leo á espera das malas que não aparecem. Bonito serviço. A minha em Londres e a dos manos em Seattle - Tomorow!! Diz o funcionário da Delta. - Oh Fuck!! Dizemos nós em uníssono.
ALOHA...
Com o carro corre tudo bem. Ficamos muito bem montados num Nissan X-Terra, um SUV bem apropriado para os caminhos que queriamos percorrer, um carro para o Country. O mapa da ilha revela-se fácil de entender. No caminho uma placa a dizer "North Shore" provoca os primeiros arrepios. Percorremos a Kamehamea Higw de noite.
Chegamos a Haleiwa, a única coisa parecida com uma cidade por aquelas bandas, e seguimos viagem para o nosso alojamento, localizado logo a seguir a Waimea Bay - O backpackers Hawaii - o único alojamento do género existente no North Shore. Instalados, não resistimos a ir molhar os pés na praia que dá para a varanda - Three Tables Beach - e dormimos, ou melhor tentamos, que à pica descomunal junta-se agora um jet-lag manhoso.
Registo: Nov 06, 2008 Mensagens: 1489 Local/Origem: Aqui nasceu Portugal e ali avistei Ana
Colocada: Sex, 12 Fev 2010 - 19:53 Assunto:
Epá devem ser os únicos tugas que não ficam lá em casa daquela senhora que aluga todas as casas dos tugas! Vou ver se encontro o nome da mulherzinha. _________________ «Sous les pavés, la plage»
Debaixo das pedras da calçada, está a areia da praia...
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Sex, 12 Fev 2010 - 20:05 Assunto:
LOLOLOL
Pois...mas preferimos ficar onde inicialmente tinhamos reservado pois era um estúdio. Assim malta fica mais "enturmada!" e com privacidade lolol
Ainda fomos ver a casa de uma brasuca, mas eram muitos quartos a partilhar uma área comum. Tinha levado um contacto para outra casa (outra brasileira) mas com o WQS a bombar foi dificil encontrar alternativas.
Alojamento, de forma oficial só este e o Turtle Bay, resort de 5 estrelas cujo apto custava uns simbólicos $800/Noite.
O Backpackers é da familia do malogrado e grande surfista Mark Foo, gerido actualmente pela irmã Sharlyn Foo. Um apartamento com 3 camas de casal, wc e kitchentte fica por $163/noite... mas têm quartos a partir de $30.
Registo: Nov 19, 2003 Mensagens: 4167 Local/Origem: Palmela / Lisboa
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 11:05 Assunto:
Granda Brother,
Divirtam-se à grande. Que apanhem umas valentes e que faças a foto reportagem também aqui.
Já agora, quanto à foto do Elefante a surfar: - Já tinha lido sobre isso.
Basicamente foi uma publicidade feita à "pressa" quando a Accenture rescindiu o contrato com o Tiger Woods, mantendo a mesma frase que tinham.
Registo: Oct 06, 2003 Mensagens: 1480 Local/Origem: Charneca da Caparica
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 13:08 Assunto:
Brother Gonzo, isto aqui para estes lados também não anda famoso - trabalho e noites mal dormidas a rodos - mas ia jurar que o thunder já apanhou umas boas e nos entremeios das descrições está a fazer a fotoreportagem aqui...
Thunder, quanto ao tamanho dos posts nada a dizer, ao seu conteúdo idem-aspas-aspas, mas se puderes aumentar a cadência, aqui o ingerente agradece É que já não tenho idade para ficar ansioso pelo próximo capítulo como no tempo da Roque Santeiro.
Abraço _________________ A tentar ver a vida por um canudo...
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 17:13 Assunto:
LOL@Pinto... Roque Santeiro xiiiii que dinossauros que já semos
26JAN2010
Maldito jet-lag. Acordamos ainda no lusco fusco, para um dia que viria a amanhecer bem enublado com um ligeiro onshore. Ambos os três a envergar a bela da t-shirt branca oferecida pela Delta Airlines no kit-de-primeiros-socorros-para-turistas-sem- mala, parecíamos um qualquer team de paraquedistas. Temos que ir às compras, de roupas e daquele bem essencial que faz falta a qualquer surfista que se preze - pranchas!!!
A seguir a Waimea, onde estávamos alojados, surge uma recta rodeada de verde por todo o lado. Algumas casitas do lado esquerdo, que escodem os mais famosos picos do mundo: Gas Chambers, Off the Wall, Pipeline, Rocky Point, Sunset. Uma escola, um posto de bombeiros. Uma bomba de gasolina e um supermercado - Foodland o mais caro do mundo - c/ o inevitável starbucks.
Comércio??? Que é isso?? Uma barraca de recuerdos, outra de venda/aluguer de pranchas e já quase em Sunset Beach, uma padaria.
Ciclovia paralela à estrada principal... a 10 mts de ondas de sonho
Então o famigerado North Shore, o seven mile miracle das ondas é um deserto!! Podem crer que é, e os locais e visitantes mais assíduos assim o querem manter. Keep the Country, Country e o mote, e é o que se encontra nos autocolantes nas traseiras de todos os carros.
Ainda bem que é assim. Mas adiante...
Depois de espreitar Pipeline, a famosa casa da Volcom, Sunset, e empurrar um muffin goela abaixo no starbucks, fomos para Haleiwa (a coisa mais parecida com uma cidade) à procura de roupa/pranchas.
Pipeline acordou ressacada
Bitang no único café do North Shore
Optei por comprar uma polivalente mas relativamente curta 6'4, pertença do Milles Padaca que sempre dava alguma garantia de bom shape. O preço óptimo: $150 com acordo de cavalheiros de na altura da partida passar pela loja (HIC) e devolver. Os meus companheiros de viagem optaram por alugar pranchas maiores - na surfshop da Volcom.
- parece incrível, mas a oferta de pranchas no North Shore é capaz de ser menor do que na Caparica. Há que pesquisar bem o que existe de usadas e aí há de tudo. Desde pranchas do Parko ou Andy a $700 a outras cmo referi a $150 mais amareladas. Os alugueres são na média dos $100/semana, mas com caução de $300 em caso de quebra (coisa fácil de acontecer...
Leo à procura de uma pranchinha
Já de roupinha nova LOL e armados com os nossos tapetes mágicos deparámos com uma bela onda logo na saída de Haleiwa. Laniakea - um reef bem outside bombava umas belas ondas de 1.5mts penteadas por um ventinho que entretanto rodou para offshore. Remada puxada até ao pico, água quente a pedir só calção e ondas triangulares lindas a chamarem por nós.
Tive o prazer de logo nos primeiros minutos avistar uma tartaruga, e depois outras mais, uma constante em todas as surfadas. O crowd estava tranquilo, cerca de 20 gajos e a respeitarem. Desses 20 apenas 5 disputavam mais o pico e faziam as maiores e os poucos locais estavam tranquilos. Enchi a barriga de direitas compridas, a 6'4 portou-se lindamente e até consegui acertar o primeiro tubinho da viagem.
Depois do surf fomos lanchar a uma barraquinha num local chamado Shark's Cove. Umas mesas de plástico improvisadas debaixo de um toldo, o Joel Centeio a comer numa mesa e pintos, galinhas e gatos por todo o lado. Keep the Country, Country... no seu melhor.
O resto do dia foi ocupado a passear pelo lado Oeste da Ilha. Após o resort Turtle Bay surgem baías atrás de baías e sempre que se via uma espuminha num reef, lá estava pelo menos um surfista a aproveitar as ondas. Outra máxima do Havai - Everybody Surfs!
- o primeiro dia tem sempre um impacto especial. Acima de tudo fiquei impressionado, pela positiva, pelo pouco desenvolvimento do local. É mesmo tudo muito Country, respira-se surf por ali mas não só. Os dias começam cedo e só se vê é malta de um lado para o outro, seja a correr ou pedalar na ciclovia, à procura de ondas, a fazer umas comprinhas no supermercado. Senti um ambiente muito saudável acompanhado por muita simpatia das pessoas. Todos (ok quase todos) se cumprimentam, são cívicos na estrada e a boa vibe impera no geral. Até se manhã no starbucks um membro da wolfpack (sim existem mesmo) nos cumprimentou com um sonoro - How u guys doin?? -
Editado pela última vez por thundercat em Dom, 14 Fev 2010 - 23:48, num total de 1 vez
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 18:50 Assunto:
27JAN2010
Acordamos cedissímo ao "som" do famoso Jet-lag. O swell subiu e é bem audível que algo pesado rebenta por perto. Na esquina da nossa praia, para o lado esquerdo, quebra Waimea que acordou com vontade de mostrar as garras. Sets de 4mts, outros maiores, faziam as delícias de um já considerável crowd. Cambada de doidos!!!
Waimea também acorda algo ressacada...
(este filme e quase todos os outros contêm linguagem capaz de ferir algumas susceptibilidades)
Estava muito pequeno para os tugas , o céu teimava em estar cinzento e o Craig, nosso simpáctico recepcionista, recomenda-nos uma viagem ao lado Oeste da Ilha. Tracks e a famosa onda de Makaha devem estar bons - Overhead at least, boys!!
Tracks é uma espécie de costa da caparica com fundo de calhau e água quente. Umas ondinhas de metro com o ocasional set maior servem de aperitivo matinal. Dois picos distintos: uma esquerda com mais crowd e mais manobrável, à direita rola uma direita mais rasa, com menos crowd, mas a fechar mais. Opto por esta última e passo cerca de duas horas a encher a barriga.
Alguns havaianos metem conversa e curtem algumas ondas que faço, retribuo o mimo sem problemas. O crowd mais uma vez, e a contrariar previsões fatalistas, é ameno, mas não se enganem. Eles chegam ao outside e ocupam o lugar certo, dão a voltinha.
Como e calo, faço as minhas ondas. Ao fim de algumas ondas boas já não dão tantas voltinhas e até oferecem ondas. Portugal?? That's fuking far bro, good waves though!
Continuamos viagem. O objectivo é atingir o extremo noroeste da ilha onde existe um spot que dá pelo nome de Yokohamas. Pelo caminho avistamos uma série de tendas em alguns beachparks. São mendigos, rejeitados por uma sociedade que não perdoa nem olha para o lado. O primeiro soslaio sobre a verdadeira sociedade americana, até no paraíso.
Yokohamas não dá nada de jeito, uma onda curta, cheia de crowd. Já o cenário é fabuloso. Agreste, com o verde das montanhas a contrastar com o azul do mar.
O fim da estrada com vista para o pico de Yokohamas
No caminho de regresso avistamos mais alguns spots. Um boa esquerda quebra sobre um reef bem outside. Claro que tem surfistas a curtir umas, everybody surfs! O swell desceu um pouco e o vento aumentou. Optamos então por tentar dar uma vista de olhos ao redor de Honolulu.
Em cada esquina um reef, uma onda, vários surfistas...
Uma fila numa autoestrada de 6 faixas faz-nos dar meia volta. Regressamos ao North Shore para trocar algumas das pranchas alugadas e conhecer melhor a linda vila de Haleiwa.
Jantamos no backpackers. Um caril feito pelo brasuca Ricardo que rapidamente virou nosso brother cara. O Ricardo é um fura vidas, típico brasuca desenrascado. Organiza mergulhos, passeios de barco para ver baleias e surfa. "Amanhã vai ter umas em Waimea", avisa... vou levar a minha 9 pés!! (Glup... o nosso engolir em seco acho que se ouviu).
- ao segundo dia começamos a desenhar o nosso ritual. Acordar cedo, checkar Pipe, Sunset e Waimea. Comer qualquer coisa e decidir o plano do dia. Optamos por fazer refeições ligeiras durante o dia e carregar no jantar. A suave rotina do North Shore começa a entranhar-se, sabe bem estar no Country -
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 19:41 Assunto:
28JAN2010
Já vos tinha dito que o Jet-lag é tramado?? Hoje acordamos às belas 04h30, ninguém consegue ficar na cama. Talvez seja da pica também
Nota-se e ouve-se que o swell subiu mais um pouco. Encaixamos a realidade e decidimos rumar novamente à costa Oeste. Chegamos ainda de noite a Tracks, onde já se encontram alguns carros e pessoal a meter os pés na água. Cambada de doidos!!
Bitang a preparar-se para a sessão madrugadora...
Opto novamente pelo pico da direita e volto a encher a mala. As ondas ligeiramente mais pequenas, mas tudo no sitío, sem vento. O crowd era o mesmo do dia anterior e mais uns israelitas com atitude errada. Dropinam um puto havaiano, a conversa sobe de tom e lá vão eles recambiados para um pico mais longe, mais raso e cheio de ouriços...os havaianos riem, eu agradeço e faço mais umas.
Surf feito, sandocha no bucho, bora lá checkar Makaha, um spot de renome que suporta ondas até 9mts (!). Parecem estar uns 1.5mts talvez maior e a maré muito cheia, esperamos um pouco, damos uma volta e resolvemos entrar.
A remada para o pico é penosa, apesar do enorme canal. No outside as direitas sucedem-se e à medida que a maré baixa, com o swell a subir muito rapidamente. Distingo pelo menos 3 zonas de arranque. Uma mais no inside a dar 1.5mts, uma mais fora a dar uns bons 2/3mts e uma outra secção já quase em mar alto a dar ondas que nem consigo medir bem.
Makaha à maré cheia, mas rapidamente se transformou...
Faço uma boa de 2mts com a 6'4 a voar como folha de papel e, juntamento com o brother Leo, levo com um set na cabeça que me faz ter calminha e pensar que isto não é só chegar e encher a mala. O crowd bastante disperso deixa fazer algumas ondas até ao momento em que entra uma turminha de brasucas. Surfam bem, mas impestam o outside de atitude e opto por sair já extenuado. Estas já souberam ao juice havaiano, penso eu...
No regresso a casa, seguindo uma dica do nosso amigo brasuca, paramos na cidade de Mililani para fazermos umas compritas para a casa. Fica muito mais barato comprar no Wall Mart e arredores do que no Foodland do North Shore.
- a reputação dos preços altos do foodland é famosa, a título de exemplo uma baguete pode custar uns módicos $5, se o plano é comprar algum comer Mililani é o sítio, fica a meio caminho entre o North Shore e Honolulu -
Chekamos ainda Haleiwa que está a bombar uns sets de uns bons 3mts e decidimos que no próximo dia é por aqui mesmo que vamos dar início às hostilidades.
Ao final do dia, tempo ainda para ver Pipe e sermos surpreendidos com um espectáculo fabuloso. Colossais ondas de 4/5mts, nem por isso muito perfeitas, quebram na rasa bancada e uns bons 50 malucos desafiam as morras que vêm desde o 2º e mesmo do 3º reef. Off the Wall mesmo ao lado manda guilhotilhas em forma de close-outs, cuja explosão de água é maior que as ondas. Cambada de doidos!!
A distância engana, esta morra tem uns bons 4mts...
Um show de surf alucinante...
Um dia destes merecia uma refeição especial. Tinha lido em várias revistas que o Haleiwa's Joe era restaurante a não falhar. Comprovou-se a qualidade da comida e do serviço, em alta ambiente.
Antes de dormir não resistimos a chekar novamente Pipeline. O swell continua todo lá. Amanhã promete...
- deambular pelo havai e pisar aquelas areias, ver as ondas em que só o nome da praia dá pica. "Bora ver Pipe" ou "está a dar altas em Sunset" era algo que só em sonhos me passaria pela cabeça ouvir. No entanto, neste dia específico, o stoke foi aos píncaros pois ver ao vivo o espectáculo que Pipeline proporciona é algo que arrepia, mexe conosco, uma expressão talvez exagerada saiu-me da boca incontrolada... depois de ver isto, já podemos morrer descansados. As fotos e os vídeos não fazem justiça -
Registo: Nov 17, 2003 Mensagens: 3240 Local/Origem: Santa Cruz
Colocada: Sáb, 13 Fev 2010 - 22:11 Assunto:
Muito bom mesmo!!!! Keep it coming!!!!
Aguardo ansiosamente fotos das outras ondas q nenhum dos 3 liga assim muito...
1000 obrigados por tb nos sonseguires fazer viajar,
Rudas _________________ Mais vale uma onda só que mal surfada... ou então aprende connosco em www.casamarela.moonfruit.com
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Dom, 14 Fev 2010 - 12:20 Assunto:
Claro que houve lambidelas de pedra, em especial aqui do v/ escriba. Mas isso é noutro episódio.
Já as fotos das outras ondas ficaram estragadas pelo lápis azul, mas que havia muitas havia, afinal sempre é o North Shore.
29JAN2010
Mais um acordar madrugador. O swell continua a bombar, a previsão é de "apenas" 12 pés havaianos. O mar ainda está meio ressacado e é mesmo Pipe que se encontra em melhor estado. Quando lá chegamos estão mais de 50 surfistas na água a degladiarem-se por umas bombocas jeitosas.
Pipeline early in the morning. Bem ilustrativa do tubo expresso de Pipe e do TGV que é backdoor...
Sunset está incontrolável e V-Land, um pouco mais a norte, está muito afectado pelo vento. No regresso, escuta-se no rádio a confirmação que o Volcom Pro está "On". Resolvemos estacionar no Eukhai Beaach Park, in memory of Ronnie Burns, e arranjámos lugar na areia, mesmo em frente à Volcom House, para ver o show de surf.
Volcom Pro is ON
Alguns heats depois, já não aguentávamos tanta pica e tivemos que nos fazer à estrada. A escolha recaíu na onda de Haleiwa, onde também se realiza uma das jóias do Triple Crown e que na vespera já tínhamos visto quebrar umas boas.
Haleiwa é uma vila, mais pequeno que a Caparica. Tem um supermercado, alguns restaurantes, algumas surfshop's e pouco mais. Contudo é uma vila que transmite alguma tranquilidade. As casas são quase todas em madeira bem ao estilo do faroeste americano.
Entre surfshops na rua principal de Haleiwa...
Existe ainda um pequeno porto que abriga alguns barcos de pesca desportiva e outros de passeios para ver baleias. Logo ao lado do porto, um beachpark bem arranjado, com um único edificio, o do surf clube local.
A praia tem uma configuração engraçada. Um pontão à direita (que dá para o porto) um reef de fora, mas não muito afastado, que hoje quebra uns bons sets de 2 a 3 mts, e um reef interior, protegido, onde dezenas de crianças fazem surf no meio das tartarugas.
Entramos e já no outside nos apercebemos de uma forte corrente que nos empurra para a zona do porto e nos coloca directamente na zona de impacto. O crowd está pacífico, ao todo somos uns 15 na água e em constante remada para vencer a corrente. Quando o set vem, quem está melhor posicionado apanha a onda. Simples.
Apanho uma primeira onda com cerca de 1.5mts. Que power!! É só o que vos digo. Com o bottom vou a mil para a parede e um snap logo abaixo do lip, devolve-me à base ainda mais rápido. Repito a manobra e fecho com um floater em água pelos joelhos. Fico em frente ao canal ainda a tremer com a adrenalina. Estas ondas ensinam a surfar. Simples!
Faço mais meia dúzia de boas ondas, e num momento de alguma distracção sou apanhado muito inside num set de 2 mts e muitos trocos... sem pudor largo a prancha à espera do esticão, felizmente nada se passou, o leash de 7 pés aguenta bem a carga. Ao meu lado estava o Bitang que arriscou um duckdive e desapareceu do meu campo de visão, o Leo embrulha-se com uma malibu e abre uma cratera na sua prancha e termina aí a sessão.
Umas ondas mais que começam a fechar, vento onshore a entrar com mais força e também concluo o surf matinal. Que ondas power que Haleiwa produz. Resolvemos fazer um picnic no agradável beachpark enquanto apreciamos a dedicação ao mar de algumas famílias.
Pós surf em Haleiwa
O tempo fica feio, chove. O surf está feito e bem feito. Exploramos mais algumas estradas em redor do North Shore. Passamos no Polinesian Cultural Center e ainda paramos numa loja de beira de estrada para comprar uns souvenirs.
Decidios jantar no Cholo's, restaurante mexicano em Haleiwa. Nem o serviço nem a comida nos agrada, fica já riscado do mapa. No bar estão alguns dos surfistas havaianos mais hardcore. Flynn Novack, Kalani Chapman, Jason Frederico... vê-se que já rolam alguns copos.
Há festa do campeonato no Joe's!!!! Ai sim??? Então é para lá mesmo que vamos. A prozada está toda por lá, o ambiente é de autêntica loucura. O tema é school nerds e sexy school girls, conseguem imaginar??? Tento filmar a deslumbrante fauna local mas semgrande sucesso. Venham lá uns drinks para festejar, afinal sempre estamos no Havai!!!
Festa no Joe's!!
- ao fim de alguns dias já nos sentimos mais ambientados. Já conhecemos os caminhos e até já damos palpites sobre os melhores sítios. Conseguímos dar mais atenção ao que nos rodeia, para lá do surf. Haleiwa cai-nos no goto. As pessoas simpáticas, as famílias havaianas na praia, os putos no inside, o clube de surf com cursos para todos os gostos. Entramos no ritmo da coisa, já nos sentimos menos haoles...
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