Colocada: Qua, 20 Mar 2013 - 11:49 Assunto: Chipre
Como há aqui uma malta que gosta sempre de discutir este tipo de assuntos decidi abrir a discussão.
Que vos parece esta ideia de taxar os depósitos nos bancos do Chipre?
Refiro-me à ultima proposta em que os pequenos depositante, até 20.000 euros, não teriam de suportar qualquer imposto.
Na minha perspectiva e em parcas palavras é uma medida bastante inteligente, onde o esforço financeiro do resgate incide sobre quem tem maior capacidade de o pagar. Além disso, sendo um paraíso fiscal pune "empresas" que utilizavam aquele sistema financeiro para fazerem lavagem de dinheiro. Contudo, existem aqui outras condicionantes que certamente vão apimentar esta discussão
De qualquer maneira, não vi ninguém nos meios de comunicação social(até mesmo da extrema esquerda) a apoiar / aplaudir esta decisão. Enfim, digam de vossa justiça.
É um assalto à mão desarmada. Tal como cá têm feito às pessoas, mas de um modo diferente.
Como tu referistes, levanta uma série de questões, muitas delas morais, outras jurídicas, sendo que a meu ver coloca em causa a credibilidade de todo o sistema financeiro e da própria União Europeia.
Relativamente à credibilidade do sistema financeiro (bancos), refiro-me à garantia que os depositantes têm em como o seu dinheiro está lá seguro. Porque credibilidade é coisa que, pelo menos da minha parte, nunca tiveram. São puros agiotas, mas finos e protegidos pelo estado. Paga mais imposto uma pequena empresa que esses agiotas.
No meu entender, este chumbo do Parlamento Cipriota foi encomendado pela própria UE quando se apercebeu da porcaria que tinha feito. Andou durante anos a ajudar a banca, à custa do sacrifício dos cidadãos, para depois, de repente e numa única medida colocar tudo em causa.
Mais, incentivam as pessoas à poupança em detrimento do consumo e depois taxam quem seguiu isso à risca?
É claro que depois não é tudo tão linear, no Chipre cerca de 30% a 40% dos depósitos são de origem russa. Ou seja, lavagem de dinheiro.
O que estamos a assistir atualmente é o completo desnorte de quem nos desgoverna, internamente e até mais preocupante da própria UE. Ontem o Gasparzinho vem dizer, dois anos depois, que o programa está mal feito e isto está tudo roto (mais ainda). Mas não anda muita gente a dizer isso desde o início e o governo a teimar que era este o caminho? Serviu de alguma coisa em minha casa entrarem menos 15%/ano? Pior, pessoal perder o emprego derivado a políticas económicas extremamente recessivas.
Este topic foi muito bem aberto, levantas questões pertinentes de resposta difícil e que dependerão muito da visão de cada um. Mas uma coisa é certa e será sempre assim, quem se lixa com f maiúsculo é sempre o pobre.
Registo: Oct 24, 2004 Mensagens: 7607 Local/Origem: Carcavelos/Évora
Colocada: Qua, 20 Mar 2013 - 12:34 Assunto:
É uma medida idiota!!
Continua-se a taxar quem menos pode fugir, e a deixar impunes os que fogem.
Esta situação é injusta, porque mesmo assumindo que realmente o Chipre tem sido um paraíso fiscal, vive lá gente. E muitas das poupanças são poupanças de uma vida de trabalho. Continua-se a taxar fortemente todo o rendimento e poupança decorrente do trabalho, e a deixar impune toda a actividade financeira e especulativa.
A Taxa Tobin? Onde anda?! Para quando a taxação sobre transacções financeiras, nomeadamente para paraísos fiscais (não há registos destas transacções?!), para quando a taxação progressiva para lucros, dividendos, juros decorrentes de actividade especulativa?
A União Europeia diz que o Chipre é um paraíso fiscal pois faz concorrência fiscal, então que falar da Holanda e da Irlanda?! Porque raios existe concorrência fiscal entre países da União?! Isto tem alguma lógica?
Falam que os russos lá metem dinheiro para lavagem, pergunto então se assim é porque não são então imediatamente escrutinados?
Gente hipócrita, sabem que existe dinheiro sujo para ser lavado, mas ninguém investiga.
Só quando a coisa rebenta é que vêm com esta conversa, mas quem paga é sempre o mesmo. Há algo de profundamente injusto nisto tudo que é pôr a pagar quem não tem culpa, e neste caso pior, que é por inocentes a pagar por criminosos!
Ou só agora é que chegaram à conclusão que a alavancagem da banca cipriota de 7 ou 8 vezes o PIB era algo totalmente insustentável, e ainda por cima cheios de depósitos de máfias russas?
O que tinham a fazer era o que fez a Islândia: deixar cair os bancos, garantir apenas os depósitos dos nacionais até um certo valor (o fundo de garantia) e o resto temos pena!! Agora, mais uma vez, tá tudo a pagar pelos desvarios da banca, e se bem calhar os seus administradores ainda ganham prémios e bonus!
Quer-me parecer que a expressão "lavagem de dinheiro" está a ser mal usada.
O dinheiro é depositado nas offshores depois de "lavado" e não antes. Um exemplo de "lavar dinheiro": camorra, construía urbanizações, pagando a construção "por fora", para depois vender de forma legal as habitações e daí "lavar" o dinheiro. Só depois é que aparece o depósito em offshores.
O que as offshores permitem é uma poupança fiscal sem sentido. Mas isto seria uma questão mais ética do que outra coisa.
Como poderia usar uma offshore? Poderia ter duas empresas, uma em Portugal e outra num paraíso fiscal. Produzia em Portugal e vendia para a empresa no paraíso fiscal (ao preço de custo). Desta forma, não registaria lucros, logo os mesmos não eram taxados (inexistentes). A partir da empresa do paraíso fiscal, venderia tudo o que produzi, sendo os meus lucros taxados a um valor consideravelmente baixo. Por exemplo em Malta, empresas de não residentes, têm um retorno de 5/7 do valor do imposto pago. Em malta os impostos são similares aos portugueses, no entanto aos não residentes é devolvida uma fatia do bolo. O dinheiro que sobrar, pode ficar num paraíso fiscal, no qual os juros são taxados a um valor mais baixo.
Agora passando para questões mais éticas, e usando o exemplo anterior: A empresa que produz em Portugal, visto que paga impostos no estrangeiro, deve ter direito a serviços do SNS no caso de acidente de um seu colaborador, ou deve enviá-lo de avião para o paraíso fiscal para receber tratamento médico? Os trabalhadores dessas empresas devem poder desgastar as estradas (pagas por todos nós) para se dirigirem ao local de trabalho? Devem usufruir de iluminação pública? A empresa, deve ter acesso a programas estilo QREN?.. e por aí em diante..
Acho que aqui é que reside o problema das offshores. É que cidadãos e empresas utilizam infraestruturas públicas para o qual não contribuem. Uma infraestrutura pública deve ser garantida pelo Estado, pois devido aos custos elevados que tem, não é possível existir via privada. Logo, deve ser construída com o dinheiro de todos para usufruto livre de todos.
Passando para o caso do Chipre, e manifestando aqui uma opinião pessoal, eu, com 30 anos e 9 anos de descontos e salários, preferia ter uma taxa de 10% sobre os meus depósitos do que a carga fiscal a que estou sujeito agora. Em teoria, de acordo com os estudos económicos, um indivíduo não deve gastar mais de 30% do seu rendimento com despesas de habitação. Logo sobrariam 70% do rendimento mensal. Materializando o exemplo: li por estes dias que o salário médio na fp ronda os 900 e quê euros, vamos analisar com 1000 (contas fáceis). Se gastar 300 euros por mês (o que é difícil em casa, contas e condomínio) sobram 700 euros. Que gaste mais 150 euros de supermercado, já vamos em 550. Que use um passe de transportes na casa dos 50 euros, fico com 500. Considerando que preciso de comer fora de casa 20 dias por mês à hora do almoço, e que não gasto mais de 5 euros (incluindo lanche), fico com 400 euros. Assumindo que não compro roupa, não viajo, não ofereço prendas a ninguém, tenho uma saúde invejável e não preciso sequer de uma aspirina, não pago impostos de circulação pois não possuo automóvel, não pago imi, pois não sou proprietário de nenhum imóvel. Que sou um indivíduo que não planeio ter filhos, mulher ou sequer uma vida. Consigo poupar 400 euros por mês. Logo, excluindo subs. de férias, consigo poupar 4800 euros por mês a viver como um prisioneiro e a passar frio no inverno (o que não é lá muito compatível com uma saúde invejável). Deixando esse dinheiro no banco a uma taxa de 3,5, obteria um juro de aproximadamente 170 euros, descontando dos 28% mais comissões de gestão de conta, ficaria com uns 110 euros. Logo 4910. Com um imposto único e excepcional de 10%, pagaria 491 euros. Acho que sairia a ganhar.
No entanto este exemplo é muito surrealista. Pois com um salário de 1000 euros seria difícil poupar todos os meses 400 euros. Lá haveria um mês que teria de levar o sapato ao sapateiro, trocar uma lâmpada, comprar um qualquer detergente ao preço de ouro, arranjar uma torneira na casa de banho,…..
Acredito que a maioria da população não consegue gerar poupanças extraordinárias de níveis elevados. Por outro lado, as poupanças de uma vida representam quanto de uma população? Qual é a percentagem de reformados no Chipre que possam falar de poupanças de vida? E esses mesmo quanto conseguiram poupar?20 000? 30 000? Pagariam um imposto adicional e único de 2000, 3000? E os que são incrivelmente ricos e são de facto afectados por esta possível medida, na minha opinião saem a ganhar, porque mesmo assim a poupança fiscal é superior à contribuição extraordinária.
Agora o que me surpreende, é assistir a uma defesa cerrada ao sistema financeiro. Ser bombardeado quase diariamente com a importância da estabilidade do sistema financeiro (sim, porque as medidas aplicadas têm que ser explicadas), que justifica a defesa, no caso de Portugal, do BPN e afins. Ouvir que tem de haver uma estabilidade e convergência europeia, e depois do nada, ver um ataque ao sistema financeiro. Ver algo que põe em causa o esforço de todos em anos precedentes. Ver o anúncio de medidas que me fazem lembrar governos centrais que comandam pequenos governos federais (Portugal, Espanha, Itália, …..) e até mesmo a necessidade de impor orçamentos europeus em detrimento dos nacionais em caso de não cumprimento dos critérios de convergência. Surpreende-me assistir a uma perca de soberania ao serviço do sistema financeiro implementado pela EU e atacado pela mesma.
Ao mesmo tempo, assisto ao SP500 e ao USDOLLAR a atingirem máximos históricos. Vejo uma quebra de preferência desde Outubro de 2012 por activos como ouro e prata em detrimento do USD. Vejo que só posso comprar petróleo com usd. E que ao mesmo tempo, se for americano, preciso de menos dólares para pagar as minhas dívidas, pois a minha moeda está mais forte.
Não me vou alongar mais, pois entraria num verdadeiro offtopic.
Não me vou alargar muito!
Concordo com tudo o que aqui foi dito!
Todos apresentam uma visão muito bem fundamentada do problema e da sua causa!
Mas se fosse-mos fazer uma análise externa, superior e isenta… tipo a de “Jesus Cristo” “Alá” ou “Pacha Mama”…
- Parece-me que a humanidade cresceu mais do que era suposto, e a globalização foi o sentenciar definitivo na perceção da epidemia que nós somos.
Quando a dimensão de civilização toma estas proporções globais, é impossível haver um controlo efetivo da mesma.
Seja a que nível for, ecológico, económico, ideológico, social, fiscal….
No fundo nós ainda somos um animal a seguir os seus instintos de sobrevivência, seja como individuo, comunidade, País ou extrato social… a ganância de bem estar e sobrevivência é o único instinto que ainda não conseguimos controlar.
Historicamente essa era a função dos Lideres, mas nesta altura existe um défice enorme de liderança no mundo, isto está desgovernado!
É o principio do fim! Meus amigos!
Como diria o grande Jacques Cousteau, o fim da humanidade vai ser o excesso populacional!
"to stabilize the world population we must eliminate 350,000 people per day. It is a horrible thing to say," he admitted, "but it’s just as bad not to say it."
Ao longo da História, todas as grandes civilizações caíram por auto destruição!
Só que desta vez a civilização que estamos a falar tem uma dimensão global!
E garantidamente vai cair como as outras!
Não se esqueçam que se porventura os Bancos ficaram sem liquidez e consequentemente o sistema financeiro cipriota deixar de funcionar com um default generalizado é passível de se admitir que o Chipre sairá da moeda única e possivelmente da UE. Ora, este efeito de alteração da moeda e consequente desvalorização da mesma teria um efeito bastante negativo sobre o justo valor das poupanças de todas estas pessoas.
Em relação aos mais pobres, relembro que a última proposta apresentada, contemplava o não pagamento de imposto para depositantes até os 20.000 euros.
Para os depositantes remanescentes eu tenho exactamente a mesma perspectiva do Zemi. Essas perdas no fundo podem ser recuperadas através de aplicações com risco relativamente baixo em 2 / 3 anos (sendo o impacto na economia limitado).
Relativamente, aos Russos, existe efectivamente lavagem de dinheiro no Chipre. A própria UE já referiu que o sistema de prevenção de branqueamento de capitais no Chipre é no mínimo deficiente (até foi feita uma auditoria sobre este tema nos últimos 6 meses pelos responsáveis europeus). Portanto qualquer senhor, com uma mala de 100k, 200k, etc euros, consegue fazer um depósito no Chipre sem dar "cavaco" a ninguém.
Por último e comentando o offtopic do Zemi. De facto estamos a caminhar para o federalismo com a consequente perda de soberania inerente. A questão do novo mecanismo de supervisão bancária é mais um exemplo disso.
Registo: Apr 06, 2003 Mensagens: 5824 Local/Origem: Av. do Mar
Colocada: Qui, 21 Mar 2013 - 13:14 Assunto:
Chipre é aquele país pequenino que está sempre a comprar armas para uma eventual guerra com a Grécia, não é? _________________ Do what you love and you'll never work a day in your life.
Fazendo uma análise superior (tipo da varanda de um prédio de 1000 andares imaginário, vendo a humanidade como formigas sempre a mexer para trás e para a frente) vemos que na verdade, imaginário é tudo o que nos preocupa.
E.U., países, hierarquia, economia... tudo imaginário, só existe nas nossas cabeças, porque escolhemos acreditar.
A única realidade é andarmos para trás e para a frente atrás do dinheiro e não em prol do bem comum ou seja, da família humana.
Até agora foi esse o problema.
Já repararam que se todos deixarmos de pagar as nossas casas, nada acontece?
Quem as fez fomos nós. Estão feitas. Não foi o dinheiro nem os banqueiros.
Agora vamos é a ter juízo e deixar de procriar como coelhos.
Como diria o grande Jacques Cousteau, o fim da humanidade vai ser o excesso populacional!
Só uma pequena nota em relação a estes receios. Já Thomas Malthus, no final do sec. XVIII, escrevia que o crescimento do recursos não poderia suportar o crescimento exponencial da população, o que resultaria em fomes e miséria. Daí que, ainda hoje, as politicas de controlo da população são denominadas como "malthusianas".
Mas o que Malthus não previu foi as consequencias da Revolução Industrial e o enorme crescimento da produtividade, nem o fenomeno da transição demográfica, que explica que os motivos que levaram a que a população europeia deixado de crescer no inicio do sec. XX, e que esteja mesmo a descrescer, e que explica também que mesmo com fenomenos ainda existentes de explosão demografica, sobretudo em Africa, se espera que a população mundial pare de crescer a partir de 2050.
Se considerarmos que a produtividade manterá o seu curso, poderei escrever com alguma margem de certeza, que não será pelo crescimento da pop. que o mundo vai acabar, e que por esse motivo não necessitas de continuar a preocupar-te. _________________ Cumprimentos,
Sérgio B.
Agora vamos é a ter juízo e deixar de procriar como coelhos.
Salvo raras exceções, não vês o pessoal a ter muitos filhos. Alias, cada vez a nossa população está mais envelhecida. A tendência é sermos um país de velhos e aí quero ver quem trabalha e sustenta esta porcaria toda.
Mas como isto está, sugiro aos nossos governantes meterem um taxímetro na piroca do pessoal para cobrar o ato. Caso saísse brinde passado nove meses, agravassem a tarifa.
Meu Deus, isto está a virar um país, um mundo de fornicadores. É uma pequena minoria a fornicar a grande maioria. No meu caso fico lixado com f maiúsculo porque não é a minha praia e passo a vida a ser fornicado.
Não pagam um jantar primeiro, não há um cineminha, um carinho, um gel, nada. Brutos insensíveis.
"A ideia é que empresas cipriotas possam participar no fundo de investimento, convertendo o dinheiro dos fundos de pensões e dos planos de previdência em títulos desse fundo. Assim, em troca recebem obrigações do fundo, tendo como garantia as receitas de exploração de gás. Com isto, prevê-se que o Estado consiga obter cerca de 4000 milhões de euros."
Publico
acho que a gazprom não deve estar a achar piada nenhuma! ehehe
Quando Portugal não tiver mais garantias, siga prós recursos naturais.. Eu cá aposto que em 10 anos perdemos parte da nossa ZEE.
Registo: Jan 24, 2009 Mensagens: 1534 Local/Origem: Poça / Azarujinha
Colocada: Sex, 22 Mar 2013 - 12:15 Assunto:
S_o_B escreveu:
Pedr8mag escreveu:
Como diria o grande Jacques Cousteau, o fim da humanidade vai ser o excesso populacional!
Só uma pequena nota em relação a estes receios. Já Thomas Malthus, no final do sec. XVIII, escrevia que o crescimento do recursos não poderia suportar o crescimento exponencial da população, o que resultaria em fomes e miséria. Daí que, ainda hoje, as politicas de controlo da população são denominadas como "malthusianas".
Mas o que Malthus não previu foi as consequencias da Revolução Industrial e o enorme crescimento da produtividade, nem o fenomeno da transição demográfica, que explica que os motivos que levaram a que a população europeia deixado de crescer no inicio do sec. XX, e que esteja mesmo a descrescer, e que explica também que mesmo com fenomenos ainda existentes de explosão demografica, sobretudo em Africa, se espera que a população mundial pare de crescer a partir de 2050.
Se considerarmos que a produtividade manterá o seu curso, poderei escrever com alguma margem de certeza, que não será pelo crescimento da pop. que o mundo vai acabar, e que por esse motivo não necessitas de continuar a preocupar-te.
Por acaso a melhor forma de controlo populacional até é o crescimento económico (vejam a China, que com o seu crescimento está a equacionar terminar com a política de filho único, ou de Portugal que mal começou a crescer as pessoas deixaram de ter filhos para poderem comprar mais carros).
Infelizmente dessa forma também se aumenta a pegada ecológica, que é o verdadeiro problema, mas aparentemente, com o aumento da educação (que vem bem depois do crescimento económico - ver exemplo nos países do norte da Europa), aumenta a consciência ambiental e, esperemos, uma diminuição dessa pegada.
Estou de acordo com o Malthus, já uma vez tivemos uma discussão por aqui, saudável, eu e o wazza, em relação a esse tema.
O excesso de pop. vai dar cabo disto tudo, ainda por cima vi no discovery que daqui a uns 50 anos já ha curas para quase todos os tipos de cancro, sida e etc. a malta vai viver mais ainda... medo _________________ 1 litro de petroleo extraido, transportado e refinado em gasolina custa cerca de 10 centimos . o resto são impostos e margens de lucro
Problem poor people?
Como diria o grande Jacques Cousteau, o fim da humanidade vai ser o excesso populacional!
Só uma pequena nota em relação a estes receios. Já Thomas Malthus, no final do sec. XVIII, escrevia que o crescimento do recursos não poderia suportar o crescimento exponencial da população, o que resultaria em fomes e miséria. Daí que, ainda hoje, as politicas de controlo da população são denominadas como "malthusianas".
Mas o que Malthus não previu foi as consequencias da Revolução Industrial e o enorme crescimento da produtividade, nem o fenomeno da transição demográfica, que explica que os motivos que levaram a que a população europeia deixado de crescer no inicio do sec. XX, e que esteja mesmo a descrescer, e que explica também que mesmo com fenomenos ainda existentes de explosão demografica, sobretudo em Africa, se espera que a população mundial pare de crescer a partir de 2050.
Se considerarmos que a produtividade manterá o seu curso, poderei escrever com alguma margem de certeza, que não será pelo crescimento da pop. que o mundo vai acabar, e que por esse motivo não necessitas de continuar a preocupar-te.
Por acaso a melhor forma de controlo populacional até é o crescimento económico (vejam a China, que com o seu crescimento está a equacionar terminar com a política de filho único, ou de Portugal que mal começou a crescer as pessoas deixaram de ter filhos para poderem comprar mais carros).
Infelizmente dessa forma também se aumenta a pegada ecológica, que é o verdadeiro problema, mas aparentemente, com o aumento da educação (que vem bem depois do crescimento económico - ver exemplo nos países do norte da Europa), aumenta a consciência ambiental e, esperemos, uma diminuição dessa pegada.
Mnel, eu não tenho mais um filho não é por querer ter mais um carro, uma prancha, uma casa melhor. Tenho um curso superior (do tempo em que ainda eram 5 anos), uma pós-graduação e várias formações e não ganho para ter dois filhos.
Sabes que a vida fora do Beverly Hills tuga é dura para alguns. Não leves a mal este meu comentário, até porque eu também moro na linha. Mas na de Sintra.
Registo: Jan 24, 2009 Mensagens: 1534 Local/Origem: Poça / Azarujinha
Colocada: Sex, 22 Mar 2013 - 14:44 Assunto:
JMSL escreveu:
Mnel escreveu:
S_o_B escreveu:
Pedr8mag escreveu:
Como diria o grande Jacques Cousteau, o fim da humanidade vai ser o excesso populacional!
Só uma pequena nota em relação a estes receios. Já Thomas Malthus, no final do sec. XVIII, escrevia que o crescimento do recursos não poderia suportar o crescimento exponencial da população, o que resultaria em fomes e miséria. Daí que, ainda hoje, as politicas de controlo da população são denominadas como "malthusianas".
Mas o que Malthus não previu foi as consequencias da Revolução Industrial e o enorme crescimento da produtividade, nem o fenomeno da transição demográfica, que explica que os motivos que levaram a que a população europeia deixado de crescer no inicio do sec. XX, e que esteja mesmo a descrescer, e que explica também que mesmo com fenomenos ainda existentes de explosão demografica, sobretudo em Africa, se espera que a população mundial pare de crescer a partir de 2050.
Se considerarmos que a produtividade manterá o seu curso, poderei escrever com alguma margem de certeza, que não será pelo crescimento da pop. que o mundo vai acabar, e que por esse motivo não necessitas de continuar a preocupar-te.
Por acaso a melhor forma de controlo populacional até é o crescimento económico (vejam a China, que com o seu crescimento está a equacionar terminar com a política de filho único, ou de Portugal que mal começou a crescer as pessoas deixaram de ter filhos para poderem comprar mais carros).
Infelizmente dessa forma também se aumenta a pegada ecológica, que é o verdadeiro problema, mas aparentemente, com o aumento da educação (que vem bem depois do crescimento económico - ver exemplo nos países do norte da Europa), aumenta a consciência ambiental e, esperemos, uma diminuição dessa pegada.
Mnel, eu não tenho mais um filho não é por querer ter mais um carro, uma prancha, uma casa melhor. Tenho um curso superior (do tempo em que ainda eram 5 anos), uma pós-graduação e várias formações e não ganho para ter dois filhos.
Sabes que a vida fora do Beverly Hills tuga é dura para alguns. Não leves a mal este meu comentário, até porque eu também moro na linha. Mas na de Sintra.
Estás a personalizar algo que eu estava a generalizar ("eu", "tu")
E, alias, dizes precisamente o que eu acabava de dizer "não tens mais filhos porque não tens dinheiro"
[/quote] ..., ou de Portugal que mal começou a crescer as pessoas deixaram de ter filhos para poderem comprar mais carros). [/quote]
Não leves a mal, estava na palhaçada contigo.
Foi o que entendi por esta afirmação. Mas o que me parece que tem acontecido é Portugal estagnado ou com crescimento negativo e a natalidade a decrescer cada vez mais. Cheira-me mesmo a falta de condições financeiras das familias.
Não me importo de personalizar e é verdade que não posso ter mais filhos por questões monetárias. Só de colégio, porque o estado não tem resposta quando a meu ver devia ser uma obrigação, ou a IPSS lá do burgo só funciona com cunhas e é ver gajos de carrões a levar lá os filhos, é a renda de uma casa.
As pessoas não têm mais filhos por questões monetárias. É verdade que depois também tens pessoas que não pensam nisso, ou melhor, não pensam em nada, têm uma matilha de filhos sem condições nenhumas. Depois pagamos todos por esses "desgraçados", mas isso são outros quinhentos.
ehehe
Não vale a pena pensar no Chipre!
Toca é a procriar!!!!
Com o Aumento do desemprego aumenta a probabilidade de ficar alguém em casa para tomar conta dos pequenos!
ehehe
Não vale a pena pensar no Chipre!
Toca é a procriar!!!!
Com o Aumento do desemprego aumenta a probabilidade de ficar alguém em casa para tomar conta dos pequenos!
ehehe
Não vale a pena pensar no Chipre!
Toca é a procriar!!!!
Com o Aumento do desemprego aumenta a probabilidade de ficar alguém em casa para tomar conta dos pequenos!
eheheh, e outros na horta a tratar das galinhas e das batatas.. poupa-se no infantário e no supermercado!!!
Registo: Jan 24, 2009 Mensagens: 1534 Local/Origem: Poça / Azarujinha
Colocada: Sáb, 30 Mar 2013 - 23:09 Assunto:
Pelos meus lados anda tudo doido a ver como não deixar nenhuma conta acima do nível mágico dos €100K.
O Bitcoin teve uma mega valorização, os levantamentos nas caixas automáticas dispararam, a confiança no sistema bancário foi abalada...
A Chiprização dos bancos até pode ter sido uma ideia tecnicamente correta (uma bancarota controlada), mas foi feito da pior forma possível. É a prova que esta geração de políticos Europeus e FMIs têm um perigoso vazio na cabeça e perdeu a noção da realidade.
Nunca se deve esquecer a enorme diferença entre contas de poupança para o consumo básico e as contas dinheiro para investimento. As 1as fazem parte dos bens básicos, ao nível das utilidades (água, electricidade) alimentação etc, enquanto que as 2as são de âmbito mais especulativo e arriscado.
Ameaçar a poupança foi uma ENORME estupidez ao nível das ditaduras Africanas ou Latino Americanas, e a nossa economia nunca mais será a mesma.
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