1. Surfar na Indonésia era um sonho impossível.
2. Para saber quem tinha sido campeão mundial, ou mesmo qualquer outro tipo de resultado da ASP, tinhas que esperar que uma das revistas bimestrais saíssem.
3. Não tinhas dúvidas quem era o melhor surfista português da altura.
4. Para saberes como estava o mar tinhas de fazer uma de três coisas, ir à praia, ligar para o DiskSurf (predecessor do BeachCam.pt) ou ligar a um amigo que morava perto da praia.
5. Sabias que o melhor fato do mundo era o O’Neill Animal.
6. Tinhas de pagar para ter um filme de surf, e este vinha em formato VHS.
7. Se quisesses mudar de quilhas tinhas de… mudar de prancha!
8. Tinhas um nose guard no bico da tua prancha.
9. O teu primeiro fato foi um Gul Classic.
10. Surfar durante a semana pela manhã, em quase qualquer pico do país, significava surfar sem crowd.
Confesso que me encaixo bem nesta lista, embora os meus sonhos nessa altura tivessem mais voltados para ir às Maldivas (check!). Claro que o melhor surfista português (e um dos melhores de sempre em PT) era o Dapin... Sim, tive um nose guard na prancha. Sim, o meu primeiro fato foi um Gul (ainda o tenho guardado)... Mas o que me chamou a atenção foi o O'neill Animal. É curioso, pq na altura o meu pai tinha uma surfshop e tivemos lá um fato desses à venda. No entanto, eu não fui um dos 6 ou 7 a ter um... mas conheço uma das pessoas que teve um e há pouco tempo tive esse fato na mão. Nem sabia que tinham sido assim tão poucos...
E vocês? Que estereótipos guardam desses tempos ou dos tempos que começaram a surfar? _________________ The Search: the essence of adventure, an escape from the bondage of everyday life!
Registo: Aug 26, 2009 Mensagens: 625 Local/Origem: VILA DO CONDE
Colocada: Sex, 24 Out 2014 - 11:19 Assunto:
Ainda mais antigo....
Falam dos anos 90.
Tentem falar dos finais de 70,inicio dos 80 e aí sim.Imaginem os ''filmes'' que a malta da altura passava para arranjar fatos,pranchas ou um simples wax.
Nos 90' já todos tinham vidinha mais fácil para arranjar material.
A unica imagem/filme com surf que passava na televisão era o anuncio da Old Spice
Registo: May 20, 2009 Mensagens: 314 Local/Origem: Sintra
Colocada: Sex, 24 Out 2014 - 11:37 Assunto:
Quando estava a ler o post, só me veio uma coisa à cabeça, estou velho.
Enquadro-me nos pontos assinalados,
tb tive um noseguard;
o melhor fato era considerado sim senhor o Oneil Animal;
não tive como primeiro fato um Gul, mas sim um OTW;
o melhor surfista era sim senhor o Dapin;
Filme de surf era boca, só vhs;
os resultados realmente somente nas revistas;
para saber das ondas, ligava-se para o disksurf, mais tarde ouvia-se na radio (não me lembro a estação, super-fm?, mas quase todos os dias programava a gravação da emissão na hora que dava o surf report e depois ouvia). Outra alternativa ligava para a surfshop. Ligava bastantes vezes para a 100% surf, quando sabia que o mar em carca estava pequeno ou não havia ondas. Ainda havia o famoso livrinho das marés da 100%, que dava para o ano todo.
Registo: Nov 17, 2003 Mensagens: 3240 Local/Origem: Santa Cruz
Colocada: Sex, 24 Out 2014 - 12:53 Assunto: Re: 10 sinais de que no início dos anos 90 (já) eras surfist
Melhor tópico que o do Twisted... ora vamos lá:
1. Surfar na Indonésia era um sonho impossível.
Been there, done that mas estou contigo: para paparucos como nós Maldivas sem margem para dúvidas. Sítio que agora me falta? Explorar melhor as Maldivas... LOL
2. Para saber quem tinha sido campeão mundial, ou mesmo qualquer outro tipo de resultado da ASP, tinhas que esperar que uma das revistas bimestrais saíssem.
Mas como por norma já era o Kelly... no entanto sim, todos os anúncios da Fluir estavam nas paredes do meu quarto. Os da Reef pelo menos.
3. Não tinhas dúvidas quem era o melhor surfista português da altura.
Dapin claro. Pena a humildade lhe ter passado ao lado mas vai na volta uma merda leva à outra e porisso é q nunca passei da cêpa torta... foi por ter sido tão humilde a vida toda.
4. Para saberes como estava o mar tinhas de fazer uma de três coisas, ir à praia, ligar para o DiskSurf (predecessor do BeachCam.pt) ou ligar a um amigo que morava perto da praia.
Barulho do mar e manga de vento do aeródromo. Mais tarde, ir a Peniche e voltar para trás ou ir para casa do Presley. Por norma rumava a casa do Presley.
5. Sabias que o melhor fato do mundo era o O’Neill Animal.
E que era o mais caro também. CEM CONTOS!!! Na altura era bastante pobre e não a besta capitalista que me tornei pois para mim hoje em dia todos os fatos são baratos. Nem sei qual é o melhor. Sei que não é da Billabong.
6. Tinhas de pagar para ter um filme de surf, e este vinha em formato VHS.
Como era pobre mas tinha dois videos gravava os filmes dos amigos. Mas lembro-me de comprar 2 a meias com o JMaya. Só que já foi na minha outra reencarnação - quando praticava bodyboard. O mesmo se aplicava relativamente à pornografia. A propósito (?) foi mais ou menos na altura do fato da O'neill que a RTP2 viveu o seu apogeu e passou o Império dos Sentidos.
7. Se quisesses mudar de quilhas tinhas de… mudar de prancha!
E viajar por inerência era uma aventura do caraças mesmo que um gajo não passasse dos Açores ou das Canárias.
8. Tinhas um nose guard no bico da tua prancha.
Comprei mas não colei. Ficava feio.
9. O teu primeiro fato foi um Gul Classic.
Waterline. Primeiro um colete. Depois tornei-me capitalista e mandei fazer uma merda berrante na loja de surf de Torres Vedras Jovisport - antes de aparecer o ManelSport portanto...
10. Surfar durante a semana pela manhã, em quase qualquer pico do país, significava surfar sem crowd.
Quanto a isso ainda não me queixava há dois anos atrás. Mas sim... não era num pico qualquer mas havia sempre qualquer pico. _________________ Mais vale uma onda só que mal surfada... ou então aprende connosco em www.casamarela.moonfruit.com
Registo: Aug 27, 2007 Mensagens: 1923 Local/Origem: Porto
Colocada: Sex, 24 Out 2014 - 13:00 Assunto:
1. Surfar na Indonésia era um sonho impossível.
Check. Surfar era um sonho quase impossível para quem cresceu a 100 km do mar. Contentava-me com ver alguns sortudos em Patos durante as intermináveis férias de Verão.
2. Para saber quem tinha sido campeão mundial, ou mesmo qualquer outro tipo de resultado da ASP, tinhas que esperar que uma das revistas bimestrais saíssem.
Check. Era isso e encomendar revistas brasileiras de surf ("revistas de quê, ò menino?) em bancas esconsas do interior português. A minha mãe adorou quando saí de casa e pôde finalmente deitar ao lixo a minha invejável colecção de Hardcore, Fluir e afins.
3. Não tinhas dúvidas quem era o melhor surfista português da altura.
Check. Dapin e está tudo dito.
4. Para saberes como estava o mar tinhas de fazer uma de três coisas, ir à praia, ligar para o DiskSurf (predecessor do BeachCam.pt) ou ligar a um amigo que morava perto da praia.
Check. Saber como estava o mar implicava umas valentes horas ao lombo de uma Honda Scoopy 50 até chegar a Viana e uma profícua imaginação para mentir aos pais.
5. Sabias que o melhor fato do mundo era o O’Neill Animal.
Sonhava era com um Predator.
6. Tinhas de pagar para ter um filme de surf, e este vinha em formato VHS.
Check 237 vezes (número aproximado de alugueres do Big Wednesday no único vídeo-clube da terra que o tinha disponível; a dada altura, como era o único cliente que o requisita, a dona ofereceu-se para mo vender a um preço simbólico. Não sei onde pára o raio da cassete, mas suspeito que esteja acompanhada pela colecção supra referida)
7. Se quisesses mudar de quilhas tinhas de… mudar de prancha!
Check. E agradeço aviso se alguém encontrar por aí uma Polen velhinha shapada pelo Mandacarú e com um adesivo da Swatch no nose.
8. Tinhas um nose guard no bico da tua prancha.
Nope.
9. O teu primeiro fato foi um Gul Classic.
Nope. Foi um Mormaii short. Puto de frio que passei.
10. Surfar durante a semana pela manhã, em quase qualquer pico do país, significava surfar sem crowd.
Por acaso até agradecia o crowd. É que começar a surfar e pedir conselhos a surfistas austríacos não deu muito bons resultados no início.
não posso partilhar nenhuma experiência dos anos 90 porque só agora pratico surf, apenas posso mesmo partilhar as partes em que tinha que gravar tudo em VHS, deu-me grande nostalgia..mas lembro- me que os meus tios praticavam e davam um programa na RTP1 ao sábado de manhã e era o momento sagrado. Até que gostava de ver também.
Na altura o surf já era algo dispendioso e infelizmente a minha mãe não podia pagar...na altura em que comecei a trabalhar para ganhar uns trocos, já tinha outros interesses, era uma teenager e por conseguinte as futilidades começaram a aparecer...anyway, continuem a partilhar as vossas experiências dos anos 90 que eu estou a gostar de ler...é o que dá ser saudosista
Anos 90 foi a melhor década.! Infelizmente ainda não surfava, bem que gostava que me tivessem posto numa prancha e atirado ao mar, podia ser que hoje ja desse mais qualquer coisinha para a caixa.
Pelos finais de 90 a minha ligacao ao surf ainda só passava por forrar os cadernos com imagens e marcas de surf (REEF ) e querer surfar como o Rob Machado. Hoje continuo só a querer surfar como o Rob Machado
Alugar um VHS chegar a casa e não estar rebobinado, dava direito a 10 minutos de ofensas de elevado calibre ao energúmeno que o tinha alugado antes, só comparadas com as que ouve o Jorge Proenca durante um clássico. _________________ "memes, basófia, nicks e anonimatos...bem vindos à internet, glad you could join us." SeaNoEvil in Carcavelos Sangrento
Os 90's deixam boas memorias, os cortes na senha do almoço e transortes para juntar dinheiro para a 1.a prancha, covencer o meu pai a ir a Peniche para comprar pranchas usadas no "speed na lixa", Curren, Carrol no Pipe masters 1991 as e pranchas do kelly!
Registo: Oct 06, 2003 Mensagens: 1480 Local/Origem: Charneca da Caparica
Colocada: Sáb, 25 Out 2014 - 14:21 Assunto:
No meu 14º aniversário, portanto em 92, fui à 100% Surf de almada buscar um o'neill, que ainda tenho pendurado em casa. Não sei se era o animal, mas as queimaduras que me deixava no pescoço eram animalescas...
É claro que nesta altura não surfava - para mim o primeiro ponto que o artigo levanta teria o mesmo efeito sem o "na indonésia" - antes rastejava numa match 7-7 preta. Mas se há memória que vou guardar para o lote das últimas quando o alzheimer atacar, é de uma "surfada" desse tempo com colegas do secundário, no feriado do dia de de carnaval: manhã linda de off-shore e meio metro ali para os lados da Saúde; chegar ao areal deserto e imaculado com um grupo de colegas para passar o dia a surfar (ponto 10: check!); espreitar pelo canto do olho a Joana, que era provavelmente a míuda mais gira que conhecia, a despir o fato, recortando à contra luz a silhueta perfeita; o pão com chouriço na merendeira da Rua dos Pescadores depois de vir a pé desde a Saúde para apanhar o autocarro... A vida podia ser simples e perfeita.
Quanto aos outros pontos, fui ávido leitor da surf portugal e o Dapin estava lá sempre. O Big Wednesday e o North Shore também foram sobejamente rebobinados no meu leitor vhs. Mas de resto, tive de esperar que o meu sogro me desse o dote para ter uma prancha com nose guard... _________________ A tentar ver a vida por um canudo...
Nesta altura eu comecei a fazer windsurf... o surf era um desporto mais dificl de alcançar :-/
1. Surfar na Indonésia era um sonho impossível.
o sonho era Hawaii Hookipa. Contentavamo-nos com Tarifa ou Martinhal
2. Para saber quem tinha sido campeão mundial, ou mesmo qualquer outro tipo de resultado da ASP, tinhas que esperar que uma das revistas bimestrais saíssem.
Eurosport e havia um campeonato indoor em Paris-Bercy numa piscina com ventoinhas gigantes.
3. Não tinhas dúvidas quem era o melhor surfista português da altura.
Do Windsurf - Zé Pedro Monteiro, Luis Caliço, Rui Meira e Paulo Silva.
4. Para saberes como estava o mar tinhas de fazer uma de três coisas, ir à praia, ligar para o DiskSurf (predecessor do BeachCam.pt) ou ligar a um amigo que morava perto da praia.
Ligar para a escola de windsurf era um filme, o gajo ria-se porque estávamos a ligar para saber do vento, faltav-lhe o olho p negocio!
5. Sabias que o melhor fato do mundo era o O’Neill Animal.
Lembro-me deste fato pendurado numa montra nas galerias via veneto em fte a sede da CGD (Joao XXI)
6. Tinhas de pagar para ter um filme de surf, e este vinha em formato VHS.
O Meu tio vivia na Suíça e enviou-me 3 de windsurf! Foi como se tivesse ouro em casa!
7. Se quisesses mudar de quilhas tinhas de… mudar de prancha!
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8. Tinhas um nose guard no bico da tua prancha.
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9. O teu primeiro fato foi um Gul Classic.
Por acaso foi um NAVA para aí um 2/1. No Inverno saíamos da agua para nos pormos nos chuveiros com agua quente porque estávamos gelados... e depois voltávamos. Mas acho que era ainda mais doloroso.
10. Surfar durante a semana pela manhã, em quase qualquer pico do país, significava surfar sem crowd.
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Por mim podes partilhar o album completo GB.
Na altura não fazia surf, apenas sonhava a ver a vhs do Rotura Explosiva que rodou 500x. Por falar nisso, andam a filmar o 2
Registo: Aug 26, 2009 Mensagens: 625 Local/Origem: VILA DO CONDE
Colocada: Seg, 27 Out 2014 - 19:49 Assunto:
Molusco escreveu:
GB! Essa prancha tem bom aspecto, gostava de ter uma coisa do género mas admito que poderia ter ser motivo de vergonha durante os 90.
Engraçado, o "copo" do leash a cerca 1' do tail, revela o tipo de surf que a prancha proporciona!
Mete isso na agua!
Meter isso na água?Brincas.Aquilo é um clássico.
Embora na altura fosse grande máquina o esqueleto do dono já não tem pedal.Fico-me pelo LB. _________________ fb- spiral-surfboards vila do conde
Registo: Oct 14, 2004 Mensagens: 4448 Local/Origem: Capakirra
Colocada: Ter, 11 Nov 2014 - 15:00 Assunto:
Setembro '86 com a minha primeira pranchinha e um fatinho waterline feito à medida. Antes desta tinha sido uma Vitamin C gentilmente oferecida pelo meu primo e professor de surf
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